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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cunha Lima x Vital do Rego polarizam campanha; confira análise

o jornalista Luís Tôrres analisou a campanha eleitoral em Campina Grande baseados na última pesquisa eleitoral.


Enfim, ela chegou. Falo da tal polarização em Campina Grande, onde Cunha Lima e Vital do Rego, mesmo fora do ringue, se enfrentam na disputa pela prefeitura da cidade. O mundo inteiro já parecia prever isso. De Cássio a Veneziano, de Zé Gotinha a Carlos Magno.
Vá lá que, de acordo com os novos números da Consult, não é uma polarização daquelas em que um vai fungando o cangote do outro.
Romero Rodrigues (PSDB) com 36% na liderança está 14 pontos à frente de Tatiana Medeiros (PMDB) com 22%. Mas o mérito da candidata de Veneziano é ter passado a deputada Daniella Ribeiro (PP), que ostentava fôlego no início da campanha. E ter alcançado, mesmo que longe do tucano, o posto que todos esperavam: o de segunda colocada.
O fato é que o ritmo da campanha em Campina com foco na ascensão da candidatura de Romero, motivada pela presença de Ronaldo Cunha Lima Filho e do empenho do senador Cássio, tomou um rumo tal que, alguns entusiastas da campanha de Romero Rodrigues, já falam na possibilidade de vitória no primeiro turno.
Um risco. Que deve ser tratado logo com humildade e com firmeza. Não há campanha fácil. E em Campina Grande menos ainda.
O candidato pode até sentir que vai ganhar no primeiro turno, mas não pode deixar que isso transpareça. Tem que fazer cara de lutador, tem evitar o sapato alto, tem que dizer que o negócio “tá difícil”. Porque nada pior do que o efeito de achar que vai “vender” a imagem de que vai vencer no primeiro turno e, bum!: vir a notícia do segundo turno. O cara entra murcho e o segundo colocado com tesão.
Ninguém mais do que Cássio Cunha Lima, quando acabou indo para o segundo turno com Roberto Paulino, um homem bom, mas que não sabia nem o que estava fazendo ali, sabe o que é isso. Quem não se lembra da frustração de 2002 do PSDB?
É uma comparação longe? Quem não se lembra de 2010, quando Maranhão vendia vitória fácil sobre Ricardo Coutinho? Abriram as urnas e peia. Ricardo nem precisou se esforçar muito no segundo turno. Psicologicamente, venceu a campanha no primeiro turno ao enganar as pesquisas.
São boas lições do passado.

Luís Tôrres

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